No meu interior, ficaram imagens
De coisas incompreendidas…
De factos não autenticados,
Tal como no deserto, há miragens,
Que tornam as pessoas confundidas,
Na insegurança dos seus pecados.
Eis porque cada um se reconhece
Na sua privacidade, quando acontece
Viver um sonho, com mais intensidade.
Remete-nos para uma estranha felicidade
Inexplicável, no seu potencial fantástico.
Será como viver um momento mágico!
E estamos sempre à espera de adormecer,
Para descobrirmos se volta a acontecer!
Joantago
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Desejo.
Leva-me a ideia de um desejo,
Que transporto no peito dorido,
Na lembrança de um doce beijo,
Quando te vejo, distante de mim.
A vida, não tem já que chegar ao fim,
Por não ser pressa, nessa vontade;
Eu só queria, que fizesse sentido,
O ensejo de valorizar a infelicidade
Com que espero pelo teu regresso.
Gostaria de saber, se ainda mereço,
A oportunidade de conhecer o amor,
Esse amor que me magoa e faz feliz,
Quando o coração sangra de calor,
E a razão, estática, nada me diz.
Joantago
Que transporto no peito dorido,
Na lembrança de um doce beijo,
Quando te vejo, distante de mim.
A vida, não tem já que chegar ao fim,
Por não ser pressa, nessa vontade;
Eu só queria, que fizesse sentido,
O ensejo de valorizar a infelicidade
Com que espero pelo teu regresso.
Gostaria de saber, se ainda mereço,
A oportunidade de conhecer o amor,
Esse amor que me magoa e faz feliz,
Quando o coração sangra de calor,
E a razão, estática, nada me diz.
Joantago
Fascínio.
Onde está o prenúncio
Da orientação do meu viver?
Qual o paradeiro do meu passado,
Quando existia um tanto alheado?
Onze anos, platónicos e inocentes,
Quando o coração quer escapulir-se,
E o sentimento tem o dever
De não racionalizar um amor macio!
Um jovem, pode distrair-se
E entender o que o rodeia, a prazo;
Mas é sobretudo nos adolescentes,
Que começa o romance, e dá-se azo
A que a experiência não exista,
E sim a entrega total de um artista!
Joantago
Da orientação do meu viver?
Qual o paradeiro do meu passado,
Quando existia um tanto alheado?
Onze anos, platónicos e inocentes,
Quando o coração quer escapulir-se,
E o sentimento tem o dever
De não racionalizar um amor macio!
Um jovem, pode distrair-se
E entender o que o rodeia, a prazo;
Mas é sobretudo nos adolescentes,
Que começa o romance, e dá-se azo
A que a experiência não exista,
E sim a entrega total de um artista!
Joantago
Fuga.
Fugi da aventura, que tu eras;
Menti-me, na paixão que te dediquei,
Por viver demasiado, a tua aparência,
E magoei-me, no sentimento por ti.
Foste a minha loucura e não sei,
Se era verdadeira, a tua inocência,
Nas palavras que te cria, sinceras!
Despertei, e apenas não insisti.
És só uma longínqua recordação,
Ténue também, de um passado,
Que ficou, como num baú envelhecido,
De um eu, agora mais conformado,
Sem importar, com o que tenha significado,
Depois de tudo ter acontecido…
Joantago
Menti-me, na paixão que te dediquei,
Por viver demasiado, a tua aparência,
E magoei-me, no sentimento por ti.
Foste a minha loucura e não sei,
Se era verdadeira, a tua inocência,
Nas palavras que te cria, sinceras!
Despertei, e apenas não insisti.
És só uma longínqua recordação,
Ténue também, de um passado,
Que ficou, como num baú envelhecido,
De um eu, agora mais conformado,
Sem importar, com o que tenha significado,
Depois de tudo ter acontecido…
Joantago
Imaginar.
Imagino que há algo
Dentro de mim, ardendo,
No meu temperamento,
No meu sentimento…
Esta imaginação, solta
As amarras de um navio
Velho, mas que não vendo,
Por ter mordomia de fidalgo!
Porém, imagino-me querendo,
Quando ele dá uma ou outra volta,
A sua vida, presa por um fio,
Resistindo à intolerância,
À incompreensão e vulgaridade.
A sua infância, não tem idade.
Joantago
Dentro de mim, ardendo,
No meu temperamento,
No meu sentimento…
Esta imaginação, solta
As amarras de um navio
Velho, mas que não vendo,
Por ter mordomia de fidalgo!
Porém, imagino-me querendo,
Quando ele dá uma ou outra volta,
A sua vida, presa por um fio,
Resistindo à intolerância,
À incompreensão e vulgaridade.
A sua infância, não tem idade.
Joantago
Inspiração.
Acordei de uma noite, em vão,
Por não deixares a minha ideia;
E, nela, ficaste-te deslumbrante,
Como te sonho e como te vejo!
Será isto amor, ou a ilusão
De desejar que meu cérebro leia,
Esta incrível razão, daí resultante?
Quanto daria, para que fosses real!
Realmente, como o é o meu desígnio,
De que me sejas o elevado ideal,
Da perfeição, na história, que desconheço!
Desejar, simplesmente, um beijo
Não tem, absolutamente, qualquer mal;
Será mesmo que eu não mereço?!
Joantago
Por não deixares a minha ideia;
E, nela, ficaste-te deslumbrante,
Como te sonho e como te vejo!
Será isto amor, ou a ilusão
De desejar que meu cérebro leia,
Esta incrível razão, daí resultante?
Quanto daria, para que fosses real!
Realmente, como o é o meu desígnio,
De que me sejas o elevado ideal,
Da perfeição, na história, que desconheço!
Desejar, simplesmente, um beijo
Não tem, absolutamente, qualquer mal;
Será mesmo que eu não mereço?!
Joantago
Paixão.
Esfrego os olhos para acreditar
Que me estás sempre presente,
Não só no meu coração,
Como na minha mente…!
És a luz do meu acordar,
Da minha vida, com esse sentido;
És o manifesto de uma oração,
E a melodia mais linda, ao meu ouvido;
Confunde-se-me, facilmente, a razão,
A necessidade do equilíbrio adequado…
Mas, ainda que seja mera confusão,
Não sei, por que seja assim amado;
É esta, que reconheço como felicidade,
Que me traz vivo, para eventual eternidade!
Joantago
Que me estás sempre presente,
Não só no meu coração,
Como na minha mente…!
És a luz do meu acordar,
Da minha vida, com esse sentido;
És o manifesto de uma oração,
E a melodia mais linda, ao meu ouvido;
Confunde-se-me, facilmente, a razão,
A necessidade do equilíbrio adequado…
Mas, ainda que seja mera confusão,
Não sei, por que seja assim amado;
É esta, que reconheço como felicidade,
Que me traz vivo, para eventual eternidade!
Joantago
Perdição.
O hausto do teu veneno,
Qual estranho líquido fatal,
Arrebatou-me para a apatia,
Do respeito, que me merecia
A minha juventude inebriada;
Foi um período pequeno,
Que não sendo voraz ou mortal,
Também não me desmoralizou…
Não desatei quaisquer nós
De arrependimentos, e só amou,
Aquele que mais se empenhou;
Ás vezes, vale mais estarmos sós!
Quem valoriza a felicidade
Tem de lutar, por ela, com tenacidade.
Joantago
Qual estranho líquido fatal,
Arrebatou-me para a apatia,
Do respeito, que me merecia
A minha juventude inebriada;
Foi um período pequeno,
Que não sendo voraz ou mortal,
Também não me desmoralizou…
Não desatei quaisquer nós
De arrependimentos, e só amou,
Aquele que mais se empenhou;
Ás vezes, vale mais estarmos sós!
Quem valoriza a felicidade
Tem de lutar, por ela, com tenacidade.
Joantago
Pesquisa.
Fixando-me no teu olhar,
Procuro-te a intimidade,
O cerne de um interior
Místico, que transpareces…
Fixando-te, gasto-me, no momento;
Procurando-te, tento conseguir
Chegar à tua interioridade,
Com um esforço ainda maior,
Por não seres igual ao que pareces!
E nessa procura, o meu desalento,
É ainda maior, por não me calhar,
A sorte de te ver, estranha, sorrir,
Pela empresa a que me proponho,
Tudo, simplesmente, por um sonho.
Joantago
Procuro-te a intimidade,
O cerne de um interior
Místico, que transpareces…
Fixando-te, gasto-me, no momento;
Procurando-te, tento conseguir
Chegar à tua interioridade,
Com um esforço ainda maior,
Por não seres igual ao que pareces!
E nessa procura, o meu desalento,
É ainda maior, por não me calhar,
A sorte de te ver, estranha, sorrir,
Pela empresa a que me proponho,
Tudo, simplesmente, por um sonho.
Joantago
Resignação.
Quando não sinto o teu calor,
Estico o braço, pelo lençol fora
E acordo, olhando para o teu lado,
Como se duvidasse do vazio…
Pertences a um tempo, que agora
Não percebo, pela tua ausência…
Foi quando estava enganado,
Que não dei conta, que o amor fugiu;
É, neste tempo, quando aperta a dor
E já não espero outra indulgência,
Que não seja, deixares-me a oportunidade
De não perder a tua amizade,
Compensando o que o passado diluiu,
Sobretudo, para agora lhe dar valor.
Joantago
Estico o braço, pelo lençol fora
E acordo, olhando para o teu lado,
Como se duvidasse do vazio…
Pertences a um tempo, que agora
Não percebo, pela tua ausência…
Foi quando estava enganado,
Que não dei conta, que o amor fugiu;
É, neste tempo, quando aperta a dor
E já não espero outra indulgência,
Que não seja, deixares-me a oportunidade
De não perder a tua amizade,
Compensando o que o passado diluiu,
Sobretudo, para agora lhe dar valor.
Joantago
Tentação.
Saboreando o café matinal,
Depois de deambular pelas mesas,
Senti o apócrifo manipanso
Do teu persistente olhar…!
Foi, exactamente, semelhante
Ao do dia (recordo-me) anterior;
Com o mesmo misticismo…!
Dou voltas à cabeça, e não me canso
De imaginar o teu semblante,
Com uma vontade, cada vez maior,
De que me sejas um amor divinal;
Deixar-me envolver nas tuas presas,
Qual artesão, entusiasmado, poder talhar
Um futuro, que possa ser, por ti, pior!
Joantago
Depois de deambular pelas mesas,
Senti o apócrifo manipanso
Do teu persistente olhar…!
Foi, exactamente, semelhante
Ao do dia (recordo-me) anterior;
Com o mesmo misticismo…!
Dou voltas à cabeça, e não me canso
De imaginar o teu semblante,
Com uma vontade, cada vez maior,
De que me sejas um amor divinal;
Deixar-me envolver nas tuas presas,
Qual artesão, entusiasmado, poder talhar
Um futuro, que possa ser, por ti, pior!
Joantago
Volúpia.
Tu estás livremente, ausente,
Da minha vontade extraordinária,
Para conquistar um espaço além…
Não vislumbro um pedaço da minha mente,
Por estar ocupado contigo, cego,
Obstinado, sem nenhum objectivo
Perceptível, ou até necessário,
Porque só te vejo como um aconchego,
Acreditando, que só tu és o motivo
De eu ser um animal solitário;
Preciso que me mostrem o contrário,
Esperando, que os meus sentidos falem
A linguagem, incoerente do amor,
Sem dogmas, imposições, ou o que for…
Joantago
Da minha vontade extraordinária,
Para conquistar um espaço além…
Não vislumbro um pedaço da minha mente,
Por estar ocupado contigo, cego,
Obstinado, sem nenhum objectivo
Perceptível, ou até necessário,
Porque só te vejo como um aconchego,
Acreditando, que só tu és o motivo
De eu ser um animal solitário;
Preciso que me mostrem o contrário,
Esperando, que os meus sentidos falem
A linguagem, incoerente do amor,
Sem dogmas, imposições, ou o que for…
Joantago
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